Mobilização nacional protesta contra reestruturação, demissões e sobrecarga de trabalho.
Bancárias e bancários do Itaú de todo o Brasil estão realizando nesta quinta-feira, 14 de julho, um Dia Nacional de Lutas em defesa dos empregos e contra as demissões, as metas abusivas, o assédio moral e o adoecimento da categoria. A mobilização também protesta contra o Gera, o programa de remuneração variável do banco, que tem prejudicado os trabalhadores.
“É inadmissível que um banco que lucra tanto quanto o Itaú esteja focado em reduzir o quadro de funcionários, em fechar agências e demitir trabalhadores, deixando sobrecarga de trabalho para aqueles que permanecem no banco”, explica a dirigente sindical Ana Fideli. “Os bancários não suportam mais a cobrança excessiva pelo cumprimento das metas abusivas e o assédio moral institucionalizado no banco. Tudo isso tem causado adoecimento!”, acrescenta.
Na capital paranaense, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região retardou a abertura das agências Curitiba-PR e XV de Novembro, além do prédio administrativo localizado na Marechal Deodoro. A unidades permaneceram fechadas durante toda a manhã e dirigentes sindicais entregaram panfletos e dialogaram com a população. Confira o material que foi distribuído:
Procure o Sindicato
O Sindicato orienta que os bancários e bancárias do Itaú que estejam com sobrecarga e acúmulo de função, sofrendo assédio moral ou em adoecimento e tratamento médico procurem a entidade sempre que necessários. “O Sindicato existe para defender os direitos dos trabalhadores. Por isso, se você precisa de ajuda, venha conversar conosco. Antes de qualquer decisão, é muito importante que avaliemos a situação e as alternativas de solução”, destaca Ana Fideli.
Reestruturação
No dia 04 de julho, o Itaú anunciou a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, que tem gerado muitas demissões em São Paulo. “O Itaú é o banco que mais lucrou no primeiro trimestre de 2022. Foram R$ 7,3 bilhões nos três primeiros meses do ano, uma alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021. Mesmo com estes lucros astronômicos e consecutivos, com ou sem crise econômica ou sanitária, o banco continua demitindo e fechando postos de trabalho. Não podemos e não vamos admitir isso”, completou o coordenador da COE/Itaú, Jair Alves. Até que a situação seja resolvida, a COE/Itaú suspendeu todas as outras negociações com o banco.
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, com informações da Contraf-CUT