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AUMENTA A CONCENTRAÇÃO DE BANCOS NO PAÍS

(São Paulo) Nos últimos dez anos, o Brasil perdeu 82 bancos. O número de instituições caiu de de 246, em 1994, para 164, no ano passado, segundo estudo recém-concluído pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Ou seja, em dez anos, o número de bancos caiu diminuiu em um terço. De 2002 para 2003, o número de bancos encolheu de 167 para 164. Já o “spread” (a diferença entre o custo de captação e o de empréstimo dos bancos) médio ficou praticamente estável, caindo de 42,46 pontos percentuais para 41,52 pontos, de 2002 para 2003.

Em 1994, o “spread” era de 139 pontos. Os dez maiores bancos, que em 2002 concentravam 67,2% dos ativos, em 2003 ampliaram suas participações para 74,5%. Já os três maiores bancos do país aumentaram suas fatias no ativo de 38,2% para 47,3% no período. Em relação ao total do crédito, os dez maiores bancos aumentaram suas participações de 65% para 76% de 2002 para 2003. O salto dos três maiores bancos foi de 35% para 45%. O mesmo ocorreu com os depósitos. Os dez maiores bancos, que em 2002 concentravam 77% dos depósitos, passaram a ser responsáveis por 80%. A participação dos três maiores foi de 48% para 52%. No período, o sistema sofreu a maior transformação da história com a estabilização (Plano Real), a privatização de bancos públicos, a abertura a bancos estrangeiros e o saneamento dos bancos com problemas de solvência.

Spread bancário – Segundo um levantamento realizado pelo Iedi (Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial), o Brasil tem o maior “spread” bancário do mundo. Spread é a diferença entre o custo do dinheiro para instituições financeiras e o quanto elas cobram para emprestar para consumidores e empresas. Em 2003, a média brasileira foi de 43,7 pontos percentuais ao ano. Isso quer dizer que, no ano passado, os bancos brasileiros pagaram taxas anuais médias de 23,4% para captar recursos e emprestar para pessoas físicas e jurídicas a juros de 67,1% ao ano.

A diferença entre essas taxas é mais de 11 vezes a dos principais países emergentes, cujo “spread” médio foi de 3,9 pontos percentuais em 2003. Além do lucro dos bancos, o “spread” bancário inclui despesas administrativas, inadimplência e impostos. Para a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), os elevados depósitos compulsórios – montante que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central – e os impostos explicam o tamanho do “spread” brasileiro. Na comparação com as economias, emergentes ou não, o Brasil bate o Paraguai, cujo “spread” é de 37,6 pontos percentuais. Em terceiro vem São Tomé e Príncipe, na África, com 20 pontos; em quarto, o Quirguistão, na Ásia, com 19,9 pontos.

Fonte: Folha de S. Paulo

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