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Sindicato cobra da Superintendência Regional fim do assédio na Caixa

imagem ilustrativa
Em reunião com a Superintendência e o Cerep realizada na última sexta-feira (12), Sindicato apresentou resultado de pesquisa respondida por bancários da base sobre condições de trabalho na Caixa

Para mensurar as inúmeras denúncias de assédio moral organizacional e de falhas nas condições de trabalho adequadas na Caixa, a Secretaria de Saúde do Sindicato realizou, no mês de junho, uma pesquisa, que contou com a participação de mais de 200 empregados da Caixa em Curitiba e região, sendo mais de 80% lotados nas agências.

O Sindicato apresentou para a Caixa, via ofício solicitando reunião com o banco, os resultados da pesquisa (confira alguns resultados ao final), como sobrecarga nas metas e dados de cobranças excessivas por whatsapp, questões que suscitam práticas caracterizadas como assédio moral organizacional.

“A consulta aponta que parte significativa dos(as) entrevistados(as) sofreram ou sofrem impacto emocional decorrente do assédio moral, muitos com necessidade de tratamento médico, em suma, o apontamento da existência de assédio moral. Nossa intenção, com a reunião, foi dar ciência ao resultado da consulta e também manifestar nossa preocupação com as condições de trabalho constatadas por meio dela, haja vista que a degradação ambiental afeta negativamente a qualidade de vida, a segurança, o bem-estar e a saúde de quem trabalha”, afirma Patricia Carbonal, diretora da Secretaria de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato.

Banco descumpre Convenção Coletiva

Durante a reunião com a Superintendência Regional da Caixa, bem como com representação do departamento responsável pelos empregados em Curitiba e região, que ocorreu na última sexta-feira, 12 de agosto, o Sindicato cobrou da Caixa o comprometimento da superintendência em encontrar uma solução imediata em cessar as práticas de assédio realizadas no ambiente de trabalho, incluindo a proibição do uso de whatsapp fora da jornada de trabalho.

“É dever do empregador proporcionar um ambiente de trabalho sadio e equilibrado, além de serem direitos fundamentais da pessoa humana, a preservação da vida e da saúde (artigos 5º caput 6º da CF), a sua existência digna (artigo 1º, III da CF). Essa consulta e essa reunião com a Caixa tinham como objetivo buscarmos solução imediata de cessação das práticas reveladas pela pesquisa. Estaremos acompanhando os desdobramentos, por isso a importância dos empregados continuarem procurando nossos canais de denúncias”, avalia Antonio Luiz Fermino, presidente do Sindicato, que é empregado da Caixa. “E, caso a Caixa não cumpra o compromisso assumido na reunião, partiremos para a ação sindical”, acrescenta.

Conforme avaliação do Sindicato, apesar da representação da Caixa se comprometer a criar estratégias para atender as cobranças e se declararem preocupados com o resultado da pesquisa, o que o Sindicato denunciou é exatamente o descumprimento de diversos dispositivos presentes na legislação trabalhista e nos acordos negociados com os bancos, como por exemplo, a cláusula 61 da Convenção Coletiva de Trabalho, que trata de mecanismos de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho; e a cláusula 39, que proíbe exposição do ranking individual de seus empregados no monitoramento de resultados, além de vedar cobranças no telefone particular.

Confira os resultados da pesquisa:

Sobrecarga de trabalho e whatsapp
>> 83,3% consideram estar com acúmulo de tarefas;
>> 93,7% consideram que estas tarefas aumentaram de 2019 para 2022;
>> 94,6% afirmaram que o(a) gestor(a) utiliza como meio de comunicação o WhatsApp;
>> 41% responderam que os(as) gestores(as) se comunicam com mensagens em grupo;
>> 56,8% com mensagens pessoais e em grupos;
>> 55,5% consideram alta frequência destas mensagens;
>> 76,2% disseram que estas mensagens ocorrem fora da jornada de trabalho;
>> 16,2% disseram que as mensagens chegam aos finais de semana;
>> 99,5% dos funcionários disseram que a cobrança pelo WhatsApp acontece em celulares particulares e não corporativos.

Assédio moral organizacional

>> 35,6% declaram que sofreram assédio na cobrança por produtividade ou cumprimento de metas, continuam sofrendo e/ou vê colegas sendo assediados;
>> 22,10% declaram que já sofreram assédio na cobrança por produtividade ou cumprimento de metas, não sofrem mais e veem colegas sendo assediados;
>> 11,3% Sim, já sofri e continuo sofrendo neste momento
>> 11,7% Sim, já sofri, mas atualmente não sofro mais
>> 09,9% Nunca sofri, mas vejo colegas sendo assediados
>> 09,5% Nunca sofri assédio moral
>> 62,6% declararam que o assédio moral e as metas impostas já causaram adoecimento emocional;
>> 24,8% declararam que estão adoecidos atualmente;
>> 12,6% disseram que não;
>> 22,5% disseram que já fizeram tratamento com medicação, mas hoje não mais
>> 28,8% disseram que fazem tratamento com medicação atualmente;
>> 48,6% nunca fizeram tratamento medicamentoso;
>> 47,3 % identificam que o assédio é por parte da gestão local;
>> 50,2 % identificam que o assédio é por parte da gestão regional;
>> 64,4% identificam que o assédio é por parte da instituição (banco como um todo).

Afastamento do trabalho nos últimos 12 meses

>> 02,7% declararam estar afastados do trabalho para tratamento de saúde;
>> 35,1% se afastaram, mas já retornaram;
>> 62,2% declararam não terem se afastado nos últimos 12 meses;
>> 50,5% declararam que existem colegas afastados por motivo de saúde em sua unidade.

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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