O Banco do Brasil tem obrigado executivos e superintendentes a fazer
reuniões com os funcionários ativos e aposentados para dizer que, se não
aceitarmos a proposta dele, banco, a Cassi quebra e sofre intervenção da Agência Nacional de Saúde (ANS). O
banco espalha o terrorismo e apavora os associados para que estes aceitem
aumentar as próprias contribuições e reduzir as contribuições do banco com a
saúde de seus funcionários.
Sou contra a proposta do banco pelos seguintes motivos.
1. O BB quer
aumentar definitivamente a contribuição dos associados para 4%, manter a
patronal em 4,5% e depois igualar as duas, aumentando os associados até 4,5% no
futuro.
2. O banco
quer implantar contribuição por dependente, aumentando as despesas para quem
tem filhos, esposa ou esposo. Esta proposta quebra a regra básica da Cassi, de
contribuições por percentual de salário, e penaliza mais quem ganha menos. A
maioria dos que têm dependentes vai pagar 8% de seu salário e não mais os 3%
atuais, pois o banco propõe este percentual como teto de contribuição.
3. O banco ainda
pretende aumentar o valor pago como coparticipação em consultas e exames. Na
prática, quem precisa usar a Cassi frequentemente vai pagar cerca de 10% de seu
salário mensalmente. Se somarmos as contribuições à Previ, Cassi, INSS e Imposto
de Renda, as faixas salariais mais baixas deixarão 1/3 de seu salário nestes
descontos.
4. Em troca
de tudo isto, o banco propõe assumir parte das despesas administrativas e
“subsidiar” a contribuição por dependente para os ativos. Um subsídio que, por
não ser estatutário, será retirado em seguida, se conseguir empurrar a proposta
goela abaixo.
5. O BB quer passar a perna nos funcionários. Em vez de negociar com os Sindicatos e
entidades representativas, leva a proposta à diretoria da Cassi e dá prazo de
um mês para aceitarem sua “proposta”. Lá, tem os votos dos diretores e
conselheiros indicados por ele e, quem sabe, do novo diretor e conselheiros que
ajudou a eleger em abril.
6. Para
aumentar a pressão, o banco divulga edital de concurso sem oferecer plano de
saúde aos futuros funcionários e está se preparando para não custear a Cassi
para aposentados.
7. O banco
só não está levando em conta que a maioria destas propostas precisa ser
aprovada pelo Corpo Social, numa votação em que a maioria dos associados
precisa comparecer e, destes, 2/3 precisam votar a favor da proposta.
8. Se o
banco quiser passar o trator sobre os funcionários será derrotado. Aos Sindicatos e entidades restará fazer campanha contra a proposta. A direção do
banco terá de aceitar a realidade: sem negociar, sem aumentar as contribuições
patronais, não tem acordo.
9. A hora é
de resistir à truculência do banco e rejeitar a proposta que penaliza os
associados.