Amanhã, dia 27, às 9h, será realizada audiência na 8ª Vara do Trabalho de Curitiba sobre o interdito proibitório da Caixa Econômica Federal. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região estará representado pelo presidente Otávio Dias, pelos dirigentes Sonia Boz, Antonio Fermino, Ademir Vidolin e pela assessoria jurídica da entidade.
A instituição financeira ingressou com um interdito proibitório contra o Sindicato na Campanha Salarial deste ano e conseguiu uma decisão favorável da 8ª Vara, que implicava em punição de R$ 50 mil por dia caso a entidade não cumprisse a decisão. Durante a greve, a Caixa ainda entrou com um pedido para majorar a multa, ou seja, elevar a punição caso haja descumprimento da ordem judicial.
A postura surpreendeu os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, que tiveram que driblar diversos obstáculos impostos pelo banco para conseguir êxito em suas ações sindicais.
Interdito proibitório é uma arma dos patrões contra o trabalhador – O interdito proibitório é um dispositivo jurídico relacionado às situações nas quais o direito de posse ou de propriedade estão ameaçados, o que não procede na paralisação dos bancários, que permanecem do lado de fora das agências orientando a população sobre a sua campanha salarial e indicando alternativas para as agências sem expediente. Além disso, carro de som, faixas, cartazes e panfletos não constituem ameaça alguma ao patrimônio dos bancos. O interdito é, na prática, uma artimanha, um artifício dos bancos, que utilizam de forma não apropriada da Justiça do Trabalho para restringir o direito de greve dos trabalhadores.