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Bancários participam de ato em Brasília e lançam a Campanha 2005

Bancários de todo o país participaram ontem do ato realizado em Brasília para pedir mudanças na política econômica e lançar a sua campanha salarial. E ainda, exigir a apuração das denúncias de corrupção, punição dos envolvidos, e principalmente para protestar contra qualquer tipo de golpe.

A atividade foi organizada pela CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais, com apoio da CUT. Foram distribuídos dois documentos aos participantes do ato, denunciando o lucro dos bancos, e pedindo punição dos culpados e respeito ao inocentes (veja íntegra dos documentos abaixo).
Os bancários portavam faixas, balões e camisetas que denunciava a postura dos banqueiros: “Banqueiro não é flor que se cheire”.

documento 1: Por um Brasil mais justo

Compromisso do presidente Lula e do PT tem que ser com o crescimento econômico, a justiça social, geração de empregos e melhor distribuição de renda

O lucro dos bancos, mais uma vez recordes, e o baixo crescimento econômico mostram que está na hora de mudar a política econômica.
A herança maldita do início do governo, com o país quebrado por causa da (“privataria”) irresponsabilidade dos anos FHC, não deixou muita margem de manobra e obrigou que se fizesse uma política econômica conservadora.

Mas o presidente Lula não foi eleito para se contentar com pouco. O país agora tem tudo para crescer mais, fazer os investimentos necessários em saúde, educação, reforma agrária…

Não podemos suportar mais o verdadeiro escândalo brasileiro, que é a centenária injustiça social, a má distribuição de renda, a pobreza endêmica. O governo Lula tem a obrigação de pelo menos dar os primeiros passos e promover a esperança de dias melhores.
É necessário reconhecer que nestes 30 meses de governo já se fez muito, com a geração de 3 milhões de empregos, o incentivo à economia solidária, à agricultura familiar, a concessão da bolsa família a milhões de pessoas nas áreas mais carentes.

Mas só isso não basta. O compromisso de Lula e do PT tem que ser com o povo brasileiro. Por isso é hora de medidas concretas: baixar a taxa de juros, gerar mais empregos, aumentar salários, fazer com que o lado produtivo da economia cresça, regulamentar o sistema financeiro para dificultar a corrupção e promover a reforma política.
Enfim, fazer valer o sonho milhões de pessoas que querem um país mais justo.

Vagner Freitas
presidente da Confederação Nacional dos Bancários da CUT (CNB/CUT)

documento 2: Punição aos culpados e respeito aos inocentes

A população assiste atônita ao festival de denúncias que freqüenta diariamente os órgãos de imprensa. A mídia, muitas vezes, cumpre seu papel ao divulgar fatos, fazer suposições e cobrar apuração. Mas na disputa por audiência há denúncias acompanhadas de indícios de provas e outras que não se sustentam, são inconsistentes. Sobre as denúncias não comprovadas, nada é feito para reparar eventual dano a pessoas e instituições envolvidas.

Nós, dirigentes sindicais bancários, fazemos coro com a população brasileira e exigimos a apuração rigorosa de todas as denúncias. Defendemos que os responsáveis pelas apurações ajam com responsabilidade, independência e isenção, pois os cidadãos brasileiros merecem respeito e não querem que tudo acabe em pizza.

Acreditamos que as instituições têm mecanismos suficientes para apurar e aplicar penalidades. Instrumentos não faltam: Comissão Parlamentar de Inquérito, Ministério Público, Polícia Federal, comissões de ética da Câmara e do Senado.

Os responsáveis por desvio de dinheiro público, corrupção ativa ou passiva e tráfico de influência devem ser responsabilizados e punidos. Os culpados não podem ser perdoados.
Para preservar o Estado de direito, é imprescindível que as penalidades sejam embasadas em fatos e provas. Ninguém pode ser condenado por presunção. Os inocentes não podem ser condenados por atos que não praticaram nem podem ser condenados previamente.

Também não concordamos com a iniciativa da oposição de desestabilizar o Governo Lula, com objetivo de inviabilizar iniciativas transformadoras.

Já expusemos publicamente, em várias ocasiões, nosso descontentamento com a ortodoxia na atual política econômica, responsável por manter as taxas de juros em níveis elevados, inviabilizando investimentos em infra-estrutura, educação, saúde, agricultura, reforma agrária, previdência e programas sociais.

O anseio de milhões de brasileiros é ter trabalho e condições dignas de vida. E isso só acontecerá com mudanças na política econômica, capazes de incentivar o crescimento de setores vitais da economia, o aumento dos níveis de emprego e renda e a inclusão de milhões de cidadãos.

Vagner Freitas
Presidente da CNB/CUT

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