Os bancários devem participar massivamente do ato por mudanças na política econômica no próximo dia 16, em Brasília. A atividade é convocada pela Coordenação dos Movimentos Sociais, apoiada pela CUT e faz parte do calendário aprovado na 7ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e reforçada pelo Comando Nacional dos Bancários.
Representantes do Sindicato de Curitiba já estão se dirigindo à capital para engrossarem o movimento.
Além destacar a necessidade de mudanças na política econômica, baseada na manutenção das mais altas taxas de juros do mundo, que favorece apenas aos bancos e os setores que especulam e não viabilizam o crescimento econômico com distribuição de renda, os movimentos sociais vão exigir a apuração de todas as denúncias e a punição dos envolvidos.
Os bancários aproveitam a manifestação para entregar documento ao Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, solicitando o fim do processo de privatização dos bancos federalizados, em especial, a imediata suspensão do processo de privatização do BEC, marcado para o próximo dia 15/09.
“Queremos a participação organizada dos bancários no ato, pois também daremos visibilidade e divulgação à campanha nacional dos bancários e de seus principais eixos. Denunciaremos à sociedade os altos lucros dos bancos, a cobrança extorsiva das tarifas, que já cobrem as folhas de pagamentos e taxas aplicadas aos empréstimos, cheque especial, cartão de crédito, que ultrapassam os 10% ao mês”, destaca Miguel Pereira, secretário de Imprensa e Comunicação da CNB/CUT.
Os bancários querem ainda um retorno da Fazenda do documento já encaminhado pela CUT que propõe a ampliação da composição do Conselho Monetário Nacional, hoje restrito a três pessoas. Vão denunciar ainda as resoluções do Banco Central que desregulamentam o trabalho bancário e permitem, por exemplo, a criação dos correspondentes bancários. Esta competência é do poder legislativo e passa pela regulamentação do art. 192 da Constituição Federal que trata do Sistema Financeiro Nacional. “A regulamentação do sistema financeiro vem sendo proposta pela CNB desde 1992, quando foi elaborado um projeto pela categoria”, afirmou Pereira.
Fonte: CNB/CUT
