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Bancários querem o fim das demissões no Itaú Unibanco

 O alto número de demissões ocorridas em 2011 em todo país, e em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo, fez com que a Contraf-CUT encaminhasse uma carta ao banco cobrando explicações e o agendamente de uma reunião. O encontro com o banco aconteceu nesta segunda-feira, 28 de novembro,  e os bancários reforçaram que não será admitida a política de altíssima rotatividade.

 

Leia reportagem:

 

Contraf-CUT cobra fim da política de rotatividade e das demissões no Itaú

 

A Contraf-CUT e os Sindicatos dos Bancários de São Paulo e Rio de Janeiro se reuniram nesta segunda-feira (28), com o vice-presidente e diretor de Recursos Humanos do Itaú Unibanco, Zeca Rudge, em São Paulo, e defenderam o fim da política de rotatividade e do processo de demissões.

 

A reunião foi agendada na última sexta-feira (25), um dia após o envio de uma carta do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, cobrando negociações. Foi também o final da jornada internacional de lutas no Itaú por emprego decente e acordo marco global, promovida pela UNI Américas Finanças e Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS) em todos os países onde o bano está presente.

 

"As demissões têm atingido funcionários do banco em todo o país, sobretudo em São Paulo e Rio de Janeiro, o que é injustificável diante do lucro recorde de R$ 10,9 bilhões até setembro deste ano", destacou. "A política de rotatividade, que reduz os custos do banco para aumentar ainda mais os lucros, é nociva para o desenvolvimento econômico e social do país, pois somente ganham os banqueiros e perdem os trabalhadores e a sociedade", apontou.

 

O Itaú cortou 2.496 empregos nos primeiros nove meses de 2011. Conforme dados do Dieese, o banco contava em dezembro de 2010 com 102.316 trabalhadores. O número caiu para 99.820 em setembro deste ano.

 

Os dirigentes sindicais cobraram explicações do banco sobre as denúncias de que há áreas na empresa com autonomia para demitir 10% do total de empregados. E ainda denúncias de que está em curso um processo de terceirização.

 

"Os representantes do Itaú questionaram os números de fechamento de postos de trabalho, extraídos dos balanços publicados pelo banco, mas se comprometeram a verificar as denúncias apresentadas e levantar o perfil dos demitidos. Além disso, eles ficaram de agendar uma nova negociação na próxima semana", destaca Jair Alves, diretor da Contraf-CUT e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.

 

"Deixamos claro que não há justificativa para as dispensas. O banco tem o maior lucro de todo o sistema financeiro graças ao esforço dos trabalhadores que merecem ter seus empregos e direitos resguardados", aponta Daniel Reis, diretor executivo do Sindicato de São Paulo.

 

A Contraf-CUT reivindicou também a realocação dos funcionários do Itaú atingidos pelo processo de transferência da folha de pagamento dos servidores públicos do estado do Rio de Janeiro para o Bradesco. "O banco tem efetuado contratações, o que comprova que existe possibilidade de remanejar e preservar o emprego desses trabalhadores", afirmou Adriana Nalesso, diretora do Sindicato do Rio.

 

Também participou da negociação Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato de São Paulo.

 

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