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Banco do Brasil acirra metas individuais. Reclame

SINERGIA CARTEIRAS INDIVIDUALIZA METAS E AUMENTA PRESSÃO PELO CUMPRIMENTO. RECLAME AQUI

Em 2004, o Banco do Brasil criou o Sinergia, programa que estabelece um plano de metas a ser cumprido por cada dependência e seus resultados influenciam nas bonificações internas. Se já não bastasse o aumento desmedido de assédio moral gerado pela implantação, em 2012, o BB estabeleceu o Sinergia Carteiras, uma espécie de individualização do programa.

Além de inúmeras dúvidas, essa mudança tem gerado também muitas reclamações. Por isso, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região abre aqui um espaço para publicar a opinião de todos aqueles que são direta ou indiretamente afetados pelo Sinergia. Se você tem uma crítica e gostaria que ela fosse publicada, escreva para imprensa@bancariosdecuritiba.org.br. A identidades dos bancários será preservada.

Bancário do BB, enviado em 23 de fevereiro de 2012.

“O Banco do Brasil continua se superando: agora com o Sinergia Carteiras cada Gerente de Relacionamento responsável por uma carteira é como se fosse responsável por uma mini agência, e a meta é dele, a responsabilidade é dele.

E, segundo o que dizem as más línguas, ou línguas verdadeiras, o pensamento do banco é pagar a PLR dos gerentes de acordo com o cumprimento da meta carteira, podendo, em muitos casos, ser inferior ao recebido pelo restante da agência.

Porém, o pobre coitado do gerente do “Carteirão” responde pelos clientes com renda inferior a R$ 4.000,00 e pelos clientes PJ não rentabilizados e não tem nenhum assistente para lhe auxiliar. Pior fica a situação quando este gerente precisa ausentar-se ou sair em férias e a solução dada pelo gerente da agência, sem nem ao menos consultar o gerente do personalizado, é direcionar o seu assistente para atender (como se gerente fosse) os clientes do Carteirão.

Criam-se aí alguns problemas:

1º. Desfalque na carteira do personalizado que conta com o seu assistente para cumprir as metas e, pior, só o gerente será penalizado se a meta não for cumprida.

2º. O assistente substitui um gerente e não ganha “nada” por isso.

3º. Os clientes com renda entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 são abandonados – e olha que estes tem potencial de negócios.

4º. Se renda inferior a R$ 4.000,00 é insignificante para o banco, coitado mesmo do gerente do Carteirão, que não ganha nem isso.

5º. Com esta postura de abandonar os clientes e o gerente do Carteirão, o banco criou mais um problema, ou melhor, jogou o problema para as agências, provocando animosidades entre o gerente do Carteirão e o gerente do personalizado, que se obriga a ceder seu assistente.

6º. Outra coisa, no mínimo interessante: agora, o gerente do Carteirão também é denominado como “Gerente de Relacionamento UM”, assim como ocorre com o gerente do personalizado, só que seu salário …. continua o mesmo."

Bancário do BB, enviado em 01 de março de 2012.

"Algo que é de extrema relevância é em relação a como chegar nos pontos gerados pelas metas no Sinergia e o cálculo dos pesos que cada nota gera para a pontuação final. Após inúmeras consultas, a conclusão é que ninguém sabe qual é a conta, tenho dúvidas se até quem criou sabe. Porque o restante… nem a Super sabe, é uma conta maluca, cheia de pesos e outros cálculos que confunde a cabeça de todo mundo. O banco criou até curso para ensinar o tal do Sinergia, mas nada explica obviamente como vai ser.

Agora acho que o sindicato devia ver com o BB a respeito da PLR, pois onde já se viu o banco ter um lucro 20% maior que o ano de 2010 e pagar uma PLR 40% menor para os gerentes de relacionamento? Esta PLR foi vergonhosa, não tem um funcionário, com exceção dos gerentes de agência, que estejam contentes com o que receberam." 

Bancário do BB, enviado em 01 de março de 2012. 

"Não bastasse a cobrança sobre resultados, os quais os gerentes de contas/carteiras não tiveram ou têm qualquer influência em nível decisório e tampouco sobre o pessoal alocado à sua disposição para o atendimento/cumprimento dessas mesmas metas (responsabilidade real do 1° gestor de cada agência, e em último caso mesmo do próprio Banco), somos confrontados com problemas como:

1) Insistentes cobranças de Superintendentes Regionais, que cobram insistentemente nossos gerentes de agência, que, por sua vez, nos cobram para que contribuamos com os objetivos da Regional, muitas vezes diferentes dos objetivos das carteiras de cada um (algumas com metas já atingidas têm que ficar trabalhando ainda mais um mesmo produto só para "agradar" ao regional ao invés de focar nos seus próprios problemas, que refletirão sobre sua pontuação e carteira e não na regional).

2) É um modelo predatório, que privilegia o individual ao coletivo. Não há mais trabalho em equipe, é cada um por si, especialmente na Gerência de Nível Médio. O cliente fica prejudicado, colegas menos favorecidos (com carteiras piores – o que é fato, saem muito prejudicados) e poucos "sortudos" com ótimas carteiras – já formadas – se sobressaem. Na teoria os gestores de agência deveriam tentar solucionar essas mazelas, mas isso não têm ocorrido, ao menos ainda. Isso só não está pior porque muitos ainda não estão trabalhando como o Banco quer o Sinergia Carteiras.

3) Se deixarmos que o Banco implante uma PLR baseada neste modelo de Sinergia Carteiras estaremos assinando um cheque em branco em favor do Banco do Brasil, para que no futuro nossa PLR seja distribuída apenas aos nossos Diretores e Vice-Presidentes, já que o resultado Global estabelecido o Banco sempre atinge e supera, vide os lucros e resultados vistosos dos últimos anos, mas os resultados locais esperados, por dependência e agora por carteiras, nossos portanto, fatalmente serão alvo de problemas, como já vem ocorrendo. A Gerência Média, que em regra carrega o piano e já é bastante desprestiagiada em termos de remuneração, no geral, irá piorar ainda mais."

Bancário do BB, enviado em 01 de março de 2012. 

"Problemas:
1 – ranking entre carteiras e gerentes (consequente individualização de metas);
2 – roubo de clientes entre carteiras (roubar do carteirão para o personalizado para fechar um cdc e fazer essa meta contar para a carteira personalizado e não para a carteira de origem do cliente);
3 – competição insana entre gerentes (eu não faço negócios para outras carteiras e a recíproca é verdadeira);
4 – incoerência no estabelecimento de metas, pois não se leva em consideração o potencial da carteira, e sim o número que o banco deseja. Com isso, se minha carteira tem potencial maior para Capitalização e a do outro colega tem para previdência não importa, pois o BB quer o número "x" e quem não cumprir está fora do esquema;
5 – foco e cobrança abusiva no item crédito. Para atingir o ouro é necessário cumprir dois itens de crédito (saldo e liberação diária);
6 – agências com plataforma governo foram prejudicadas, uma vez que os números de captação e etc. não contam para a agência com grande relevância. Observe que em algumas agências a rentabilidade das carteiras governo viabilizam a existência daquela agência. Isso traz outro problema: as agências, que já não colaboram muito com o trabalho das plataformas, vão boicotar cada vez mais os gerentes governo das plataformas alegando que deixou de ser responsabilidade delas (agências) e passou a ser da agência governo;
7 – preocupação demasiada com a cobrança de tarifas em detrimento da rentabilidade da carteira. Por exemplo: minha carteira dá o dobr da rentabilidade esperada, mas não enfio tarifas em meus clientes. Com isso eu cumpro o item "margem de contribuição", mas não cumpro o item "Tarifa Gestão Direta"."

Bancário do BB, enviado em 01 de março de 2012.  

"SINERGIA:
1°) As Filas do Atendimento são colocadas como metas, porém apesar de haver um pequeno aumento no número de funcionários no BB, hoje um caixa executivo faz serviço de compensação, articulador do Banco Postal e ainda, não houve aumento no número de caixas nas agências. Mesmo assim se o atendimento ficar no "vermelho" à culpa é do CAIEX.
2°) OS "DESAFIOS" impostos pelas SUPER´S são um verdadeiro assédio moral e propõe metas abusivas."

Bancário do BB, enviado em 04 de março de 2012. 

"O banco exige cada vez mais e, por outro lado, dá cada vez menos condições pra gente cumprir as metas, comprometendo seriamente a agilidade e resolutividade nos negócios da agência. O BB cortou todas as substituições, indistintamente, criando sérios problemas em todos os cantos do país.

Um dos casos mais absurdos (só para dar um exemplo) é deixar uma agência pequena – nível 4 ou 5, por exemplo – sem comitê, pois possui apenas um comissionado de gerência média. Quando este, ou o gerente geral, entra em férias ou se afasta por qualquer motivo, a agência não tem autonomia pra deferir nem um "limitezinho" de crédito ou operação PJ, passando a depender do voto de outros gerentes da rede, que nem tem noção de quem é o cliente para o qual estão liberando crédito. Pode?

Sugerimos que seja colocado na pauta de reivindicações da próxima campanha salarial:
Nenhuma agência pode ficar com menos de dois administradores em exercício (isto é: em agências que tem apenas um componente de gerência média, se o GG entrar em férias, ou se afastar por mais de três dias seguidos, o outro gerente o substitui. E, vagando o cargo de gerência média, outro funci da agência o substitui, recompondo o comitê com dois gerentes).

Esse ato decente melhoraria infinitamente as condições de trabalho, em prol dos negócios, nas pequenas agências. E quanto isso custaria para o banco? Migalhas, se comparado ao seu lucro! Por outro lado, com certeza seria compensado com a melhoria nos resultados das agências, mais satisfação dos funcis e menos passivo trabalhista…"

Bancário do BB, enviado em 03 de março de 2012.  

"O Gerente do Carteirão também substitui o Gerente de Serviços durante suas férias e, inclusive, durante licenças de saúde de 15 dias. A formúla do Sinergia é extremamente personalizada e o rendimento de cada gerente é medido hora a hora, através de mensagens no celular e correio as agências. As metas encomendadas não são discutivas, são impostas.  Outra possibilidade que ocorre, é a discriminação das mulheres, principalmente para cargos mais elevados, dado a possibilidade da carteira ficar sem gerente alguns meses (licença-maternidade), gerando um desfalque que atingira a agência como um todo, de forma mais grave."

Bancário do BB, enviado em 07 de março de 2012.  

"1) A SUPER/PR lançou em Janeiro deste ano, como tradicionalmente faz todos os anos, um desafio chamado: "Quem Sabe Faz Agora" (O Danilo provavelmente assistia o Faustão e copiou o jargão e o Paulo seguiu a mesma linha). Eram alguns produtos: Capitalização Mensal e Seguro Vida Mensal – Pessoa Física; e Crédito Investimento e Capital de Giro – Pessoa Jurídica. No entanto, os números foram inventados pela SUPER/PR e as agências eram obrigadas a cumprir. Recebíamos correios diariamente (chegou a ser a cada duas horas por um período de uma semana) mostrando a produtividade do dia, do mês e o quanto faltava para cumprir o orçado para o bimestre. Esses números não refletiam a necessidade das carteiras. Mesmo somando todos os valores das carteiras, não dava o valor estabelecido pela SUPER/PR. Isso mostra que o Sinergia Carteiras é só mais um instrumento de cobrança individualizada e que o que deve ser feito é o que o Paulo manda. Parece que ele se sente acima do bem e do mal;

2) Esse desafio ("Quem Sabe Faz Agora") era também utilizado pelos Regionais, como forma de pressão aos gerentes substitutos, pois, segundo foi difundido, seriam premiados os gerentes substitutos com melhor performance. Por premiação entenda: promoção. Então os substitutos "ralavam" seus subordinados para que aparecer e sair "bem na foto";

3) Os Gerentes das Carteiras não têm poder de decisão sobre a estratégia a ser adotada. Semanalmente, a Regional São José dos Pinhais programa uma audio conferência. Chegou ao cúmulo de programar para horários como 11:30h da manhã. Atrapalhando o fluxo de atendimento/horário de almoço dos funcionários. Isso tudo pra forçar ações que o Superintendente Regional considera mais adequadas para atingir as metas estipuladas. Tratando todas as carteiras como se elas tivessem as mesmas características.

4) Nunca sabemos quais os números a serem atingidos. Diariamente os valores orçados e realizados são alterados. Coisas como: Orçado Crédito PF: 3.771.841 e Realizado 3.865.346 em 29/02/2012. Na virada de mês (ou seja, 01/03/2012) Orçado Crédito PF 3.884.343 e Realizado 3.576.935. Em um dia útil tive R$ 300.000 de amortização. Isso não ocorre em um mês, quanto mais em um dia. Outro exemplo é em relação a Consórcio. Um dia a meta é 1 cota no outro é 24. Num dia o realizado é 03 cotas e no outro 29. Sendo que não vendi nenhuma cota de um dia para o outro."

Bancário do BB, enviado em 24 de março de 2012. 

"O Banco do Brasil conseguiu superar-se neste semestre no que se diz respeito ao assedio moral aos funcionarios da gerencia media. Com o Sinergia das carteiras, a produtividade de cada gerente de contas passou a ser monitorada diariamente. Os administradores e Superintendentes regionais e estaduais divertem-se todos os dias pela manha analisando os rankings com as melhores e piores carteiras de cada agencia, regional, cidade ou regiao.

Mas os senhores administradores apenas olham os nomes dos gerentes , julgando e condenando quem vai mal. Ninguem analisa o historico daquele funcionario dentro da empresa, seu tempo de Banco, negocios realizados anteriormente, TEMPO EM QUE ESTA CONDUZINDO AQUELA CARTEIRA, ausencias por motivos diversos tais como ferias e licenca saude, estrutura da agencia, historico da agencia, etc.

Os gerentes que encontram-se no inicio do ranking sao elogiados, ja os coitados que estao nas ultimas posicoes, são considerados improdutivos, ouvindo comentarios do tipo: "voces estao puxando a agência para baixo", se a agência não fechar no ouro no final do semestre será por culpa de voces, "os colegas que estao na frente precisam puxar os que estão no final na lista "….

O problema é que o brilhante modelo de sinergia das carteiras foi criado provavelmente por alguma mente iluminada que trabalha em Brasilia, sem conhecer a realidade desumana em que muitos bancarios trabalham em agencias com estrutura precaria pelo Brasil. O modelo é falho porque nao considera as individualidades de cada carteira, das diferentes regioes do pais ou mesmo de cada cidade. Trazendo o exemplo para Curitiba, temos agencias com predominancia de servidores publicos, outras com empresarios, outras com clientes ligados ao Poder Judiciario, outras com publico universitario, algumas com muitos clientes idosos e por ai vai. Sabemos que a demanda por produtos e servicos muda dependendo do publico, mas o Sinergia das carteiras nao ve isso. As metas são muito parecidas entre as carteiras do Personalizado, Personalizado I e Estilo.

Outra coisa que nao é analisada é que muitas carteiras nao possuem assistente,ou até tem no papel, mas na pratica o assistente fica " substituindo" os outros gerentes da agencia que estao ausentes. Ai o coitado do gerente, sozinho conduzindo carteiras que variam de 300 a 600 clientes, precisa desdobrar-se em dez. Somos cobrados pela fila de atendimento ( o cliente nao pode esperar por mais de 20 minutos pelo atendimento), pelo tempo de retorno dos telefonemas (temos 1 hora para retornar as ligacoes), pelas metas doidas das carteiras, pela realizacao de cerca de 10 contatos telefonicos/dia para oferecer produtos e servicos aos clientes. Sem falar das audios conferencias que precisamos participar, reunioes nas agencias, treinamentos e cursos. O modelo inventado tambem esquece que nem todo cliente que entra numa agencia vem disposto a adquirir produtos e servicos. Lidamos diariamente com reclamacoes diversas, as quais se nao forem corretamente conduzidas podem terminar em processos judicias ou denuncias no Banco Central.

Nos relatorios produzidos para acompanhar nossa produtividade, deveria ter um campo para analisar também os motivos pelos quais nao conseguimos cumprir as metas.Sera que somos todos um bando de irresponsaveis que desconhece seus papeis como funcionarios do Banco do Brasil ? Será que esqueceram que os clientes que possuem cheques clonados, cartoes fraudados e duvidas diversas vem a agencia para seus gerentes resolverem os problemas?"

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