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BB: Bancarização deveria vir com abertura de mais agências

 EM NEGOCIAÇÃO, BANCÁRIOS COBRAM ABERTURA DE AGÊNCIAS E ATENDIMENTO DE QUALIDADE

 

Na terça-feira, 20 de março, os bancários, assessorados pela Comissão de Empresa do Banco do Brasil (CEBB), se reuniram com os representantes do BB para debater o Banco Postal. Os trabalhadores cobram do banco um modelo de inclusão bancária que utilize agências, com segurança e bancários contratados. Os participantes se vestiram de preto para protestar contra a demora do banco em apresentar uma proposta sobre a jornada legal de 6 horas sem redução de salário.

 

Banco Postal e “bancarização” – Em busca de expansão de sua rede de atendimentos, o Banco do Brasil participou e venceu o leilão, em maio de 2011, passando a ser responsável pela operação do Banco Postal, até então sob poder do Bradesco. Em 02 de janeiro de 2012, o Banco do Brasil assumiu a operação por completo 6.192 agências do Banco Postal, localizadas nos Correios de 5.266 municípios brasileiros. O processo de bancarização da população brasileira pelo Banco do Brasil alcançava outro patamar, mas sem respeitar os direitos dos trabalhadores e a segurança da população.

 

Os serviços prestados no Banco Postal são básicos, como abertura de contas, empréstimos, pagamentos, saques, depósitos, transações de crédito e recebimento de benefício do INSS. São verdadeiros correspondentes bancários. O movimento sindical concorda com a bancarização da população, que deve ter acesso aos serviços, mas acredita que isso deve ser feito por meio da abertura de agências que tenham estrutura e ofereçam segurança para seus empregados e usuários. “Achamos que é mais um ataque ao emprego bancário, aos nossos direitos e à nossa Convenção, pois estes colegas do Banco Postal deveriam ser concursados”, afirmou Ana Smolka, dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e representante do Paraná na CEBB.

 

De acordo com a dirigente, o número de agências do Banco Postal, em pequenas cidades, é expressivo. “Mas temos visto cada vez mais agências como essas e como a BB+ (correspondente bancário) coladas às agências regulares em grandes cidades”, ressaltou Smolka. “Lamentamos que todos não tenham acesso ao atendimento especializado e que os mais pobres sejam empurrados para os correspondentes, que não possuem a qualificação exigida nas agências do BB”, completa a dirigente.

 

A CEBB também reforçou que a categoria bancária luta pela regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, para que os bancos não fiquem pautados apenas pelas resoluções do Banco Central, que tem extrapolado suas funções e publicado resoluções que mudam o direito do trabalho.

 

O contrato do Banco do Brasil com o Banco Postal tem validade de cinco anos e seis meses e pode ser prorrogado por mais cinco anos.

 

Jornada de 6h e Dia do Preto – Mais uma vez, os bancários cobraram um posicionamento do BB e não obtiveram uma resposta a respeito da jornada legal de 6 horas sem redução salarial.

 

Cassi e RN 254 – O BB afirmou que aguardará a resolução da ação da Unidas, que afirma que a Resolução Normativa 254 da Agência Nacional de Saúde não é aplicável a planos de autogestão. A Unidas congrega todos os planos de saúde de autogestão, como a Cassi. A ação questiona, ainda, a legalidade da norma.

 

De acordo com a RN 254, os planos que não se adequarem às novas normas podem continuar a existir, mas ficam proibidos de terem novas associações, o que deixaria novos funcionários do Banco do Brasil sem plano de saúde.

 

Melhorias do Pavas – Na reunião, os trabalhadores também cobraram melhorias na estrutura do Programa de Atendimento às Vítimas de Assaltos e Sequestros (Pavas), nos itens relativos à emissão do CAT para todas as vítimas de assalto, e também melhoria na estrutura da Cassi, Gepes e CSL, que deveriam aumentar seu quadro de funcionários para darem conta de atender as vítimas e fazer visitas às dependências onde ocorrerem assaltos ou tentativas.

 

PCR e VCPI – Os representantes da Comissão de Empresa também sugeriram uma mesa de negociação específica para tratar do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) nas pendências como, por exemplo, a inclusão de caixas e escriturários na carreira de mérito (M), dentre outras.

 

Quanto à reivindicação do movimento sindical para desmembramento da verba VCPI, por ela misturar verbas relativas a salários com verbas pessoais dos funcionários egressos de bancos incorporados, o BB informou que ainda não há novas informações e que aguarda o retorno da DIPES – Diretoria de Gestão de Pessoas -, que é responsável pela folha de pagamento e recebeu o pedido de acerto nas negociações passadas.

 

Dia do Preto – Uma nova jornada de lutas foi marcada para protestar contra a falta de proposta do Banco do Brasil. O Dia Nacional de Lutas acontece no dia 28 de março, quando todos os bancários do Banco do Brasil devem se vestir de preto, sinalizando o descontentamento com a intransigência dos patrões. Em breve, traremos mais informações. Participe!

 

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