A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) quer reunir-se, em junho, com a direção do Grupo Santander na Espanha para denunciar os abusos cometidos pela empresa no Brasil contra os bancários.
O banco tem demitido funcionários que estão próximos do período de estabilidade pré-aposentadoria, além de constantemente extrapolar a jornada dos bancários e não acertar devidamente as horas-extras.
No início desse mês, a Contraf-CUT participou do 2º Congresso Federal da Comfia-CCOO (a confederação espanhola dos bancários) e denunciou os problemas que os empregados do Santander enfrentam no Brasil.
“Os sindicalistas espanhóis ficaram indignados com as demissões e as condições de trabalho oferecidas pelo Santander no Brasil. Disseram que, no seu próprio país, o banco atua de maneira menos irresponsável”, comentou Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT.
Além dele, participaram do Congresso da Comfia na Espanha Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf, e a secretária de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato de São Paulo, Rita Berlofa, que é funcionária do Santander.
Segundo Cordeiro, os dirigentes sindicais espanhóis deram todo o apoio à luta dos bancários brasileiros contra o Santander e vão, inclusive, divulgar a exploração que o banco promove no Brasil em seus jornais e veículos de comunicação.
“O pessoal da Comfia sempre foi parceiro e, neste ano, o lema do Congresso deles era: ‘En la empresa con visión global’. Os patrões atuam de maneira globalizada em todos os cantos do mundo, nada melhor que os trabalhadores também organizem a luta de forma global para fazer um enfrentamento mais eficiente contra os banqueiros”, finalizou Cordeiro.
