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DIEESE-PR analisa conjuntura econômica desta campanha

O economista Cid Cordeiro, do DIEESE-PR, falou sobre a conjuntura econômica durante a Conferência Estadual dos Bancários, neste final de semana, salientando que a inflação baixa é uma boa notícia para a classe trabalhadora. “O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2004 foi de 6,64% e em 2005 foi 5,01%. A projeção é de que 2006 fique em torno de 3,3%, isto significa a menor inflação desde 1995”. Cordeiro explicou que a inflação baixa é resultado de dois fatores: a queda do dólar e do preço dos alimentos.

Entretanto, existe a tendência do poder aquisitivo cair, independente do baixo índice de inflação. “O aumento da carga tributária e a incorporação de novas despesas no orçamento dos trabalhadores faz com que exista uma evolução baixa do poder de compra, mesmo com a inflação baixa. Portanto, o aumento real dos salários é a necessidade mais evidente para os trabalhadores”. E acrescentou: “A campanha não pode estar focada apenas na reposição salarial e em ganhos econômicos. Deve haver um espaço maior para cláusulas que tragam mais qualidade de vida e saúde no trabalho”.

O economista abordou ainda a queda de emprego dos bancários. Segundo as estatísticas em 1990 haviam 750 mil bancários no Brasil. Em 2004, eram 405 mil. “Esta queda acentuada foi em decorrência da terceirização, da fusão dos bancos e da inserção de novas tecnologias”, afirmou. “Porém, de 2002 até 2005 ocorreu um aumento gradativo. Tanto que, em 2001, o número de bancários chegou a ser de 390 mil.

Esta mudança de tendência, apesar da distância do patamar de emprego da década de 1990, é consequência da mobilização da categoria, dos concursos públicos e do impulso ao crédito consignado.” Em relação à economia, Cid Cordeiro afirmou que a expectativa é de que o crescimento seja retomado. O índice ficaria em torno de 4% este ano, graças ao aumento do salário mínimo, dos benefícios sociais como bolsa-familia e dos aumentos reais na faixa de 1% a 2%, que os trabalhadores têm conquistado nas mesas de negociação.

O economista apontou ainda que o crescimento líquido dos bancos foi de 56% em 2005. “Desde 2002 há um volume expressivo de crescimento de lucros nos bancos, este índice deve ser maior em 2006. Este resultado é fruto da receita obtida com os títulos do governo, crédito e tarifas bancárias. Só a receita com serviços – tarifas – supera em 14% a despesa total com gasto de pessoal. Em 1994, a receita com serviços cobria apenas 30% deste gasto, agora em 2005 chegou a 114%”, comparou.

Fetec/CUT/PR

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