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Em negociação, COE/Santander debate programa de metas do banco

Os representantes dos trabalhadores vão continuar acompanhando também a forma com que o banco faz a avaliação de qualidade e a aplicação das normas de conduta.

Representantes dos trabalhadores e do Santander reuniram-se no Grupo de Trabalho de Saúde, na segunda-feira, 13 de novembro, para discutir o cumprimento da cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2022-2024) – o texto prevê o debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada trabalhador e suas cobranças –; o programa de incentivos aos funcionários da rede de agências no Brasil; e o programa Mais Certo, por meio do qual o banco estabelece as metas semestrais para cada segmento de especialistas.

Na reunião foram apresentadas as atribuições das metas por ESN (especialista de serviço do negócio), como se dá o acompanhamento para que cada funcionário atinja as metas e um comitê de metas por segmento de clientes. A área de incentivos alega que Santander é o único banco que paga variável ao especialista de negócio do serviço, ou seja, aos primeiros cargos que ingressam nas redes de agências. Também argumentou que há um canal de contestação por meio do qual o funcionário pode abrir um chamado caso ocorra alguma alteração na produção realizada e não seja computada no sistema.

O banco alterou recentemente o programa de incentivo e paga por resultado, ou seja na medida em que os trabalhadores entregam suas metas, eles são qualificados por produtividade e conduta no atendimento dos clientes, que é avaliada após as vendas dos produtos financeiros. O Santander apresentou para os representantes dos trabalhadores a área de incentivos as métricas e como se dá o acompanhamento das metas que são estabelecidas semestralmente, mas são monitoradas e cobradas mensalmente pelos trabalhadores. Os representantes dos trabalhadores relataram as numerosas denúncias por parte dos funcionários apontando que muitas vezes há alteração das métricas antes do fechamento do mês. O banco alegou que essas alterações ocorrem quando há algum erro sistêmico, mas eles seguem a meta semestral.

Porém, além do programa Mais Certo, o banco tem também o Índice Certo, que são as metas diárias, que são cobradas além daquilo que está estabelecido. Por exemplo: o gerente tem de entregar 100% da meta. Mas os aceleradores incentivam também com a remuneração aquele gerente que entrega 150%, 200% da meta mensal. “Nós frisamos que essa cobrança deve ser de acordo com as metas divulgadas semestralmente, para que também haja um incentivo e condições de trabalho adequadas aos funcionários. E as cobranças de área, de acordo com o índice certo, não reflitam em algo exagerado que seja prejudicial à saúde dos trabalhadores”, ressalta Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Os representantes dos trabalhadores vão continuar acompanhando também a forma com que o banco faz a avaliação de qualidade e a aplicação das normas de conduta. Também foi reivindicado mais treinamento a todos os funcionários da rede no sentido de esclarecer uma venda responsável dos produtos financeiros, tanto visando um bom atendimento ao cliente como também para que não haja penalizações, carta de orientações ou advertências aos trabalhadores.

“Aguardamos do banco uma nova data para darmos continuidade no GT nas próximas semanas para que a gente também possa avançar nesse debate levando todas as reivindicações e tendo como incentivo o programa de pagamento da variável frisando que o Santander faz o pagamento tanto da variável semestral como também da PLR sem subtrair nenhuma das conquistas importantes, além das clausula na convenção coletiva de trabalho e do Acordo Coletivo de Trabalho, ambos com validade até 31 de agosto de 2024”, afirma Wanessa de Queiroz.

Fonte: Contraf-CUT

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