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Em reunião, bancários pressionam HSBC

Banco inglês tem até quinta-feira (22) para dar uma resposta a seus trabalhadores

Na manhã desta terça-feira (20), os representantes dos trabalhadores bancários e a direção do HSBC estiveram reunidos em São Paulo para discutir o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), diante dos provisionamentos feitos no balanço do primeiro semestre deste ano, que reduziram brutalmente o lucro líquido do banco inglês. Estiveram presentes os relações sindicais do HSBC Antonio Carlos e Gilmar Lepchack e os dirigentes Carlos Cordeiro (Contraf-CUT), Otávio Dias (SEEB Curitiba), Luiz Cláudio Marcolino e Paulo Rogério (SEEB São Paulo), além da representante do Dieese Ana Carolina.

Os dirigentes sindicais questionaram o banco, principalmente, com relação ao aumento expressivo da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PDD), que foi duplicado em relação ao ano de 2008, passando de R$ 866 mi para R$ 1,628 bi . “Não há justificativa aceitável para isso, até porque o aumento do crédito não seguiu a mesma proporção do aumento provisionado”, explica Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, que representou os bancários do Paraná na reunião.

O HSBC também foi alertado, mais uma vez, sobre o quadro generalizado de insatisfação de seus trabalhadores. “Nós reforçamos a argumentação de que os bancários não podem ser penalizados pelo provisionamento, uma vez que os recursos ficaram em caixa, ou seja, não saíram das contas do banco”, acrescenta Otávio Dias.

PPR – Outro ponto levantado durante a reunião desta terça-feira foi a alteração unilateral das regras do programa de remuneração variável próprio do banco, o Programa de Participação nos Resultados (PPR). Bancários têm reclamado junto ao Sindicato que os gestores estabeleceram o cumprimento mínimo de 85% das metas do BSC (Balanced Scorecard/Escore de Crédito). Os trabalhadores também estão preocupados que muitos não receberão a PPR. “Não aceitamos que o HSBC use esses artifícios para não distribuir seus lucros, como já aconteceu no início deste ano com a PSV”, relembra o dirigente sindical Marco Aurélio Cruz, trabalhador do HSBC.

Se o resultado do banco foi pequeno, como alegam seus representantes, o movimento sindical insiste que os bancários não podem pagar por isso deixando de receber uma PLR justa, principalmente quando se sabe dos artifícios de ajustes contábeis utilizados pela empresa. Diante do impasse na reunião, o HSBC se comprometeu a dar um retorno aos trabalhadores até a próxima quinta-feira, 22 de outubro. “Esperamos uma resposta positiva da empresa, para que possamos evitar novas mobilizações dos trabalhadores do banco e também o desgaste de ambas as partes”, finaliza Otávio Dias.

“Este é o momento para o HSBC, um banco que sempre fala em manter o diálogo com seus trabalhadores, recompensar de maneira justa aqueles a quem chama de colaboradores, colocando em prática seu discurso”, finaliza o dirigente sindical Carlos Alberto Kanak, bancário do HSBC e coordenador da comissão de empregados (COE/HSBC), que estará reunida nesta quarta-feira (21), para discutir uma ação nacional.

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