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Empréstimo consignado: governo e bancos negociam taxas

O governo vai se reunir nesta quarta-feira (24) com representantes dos bancos para negociar a fixação de um teto para as taxas de juros nos empréstimos consignados de aposentados e pensionistas.

Os tomadores do financiamento, que têm desconto na folha da Previdência Social, vêm reclamando dos juros e encontraram apoio dentro do governo. “Queremos discutir com os bancos uma redução das taxas, porque achamos que está havendo abusos na prática do spread (ganho dos bancos). Vamos propor que tenhamos um teto”, disse na última terça-feira (23) o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Na terça, Marinho se encontrou com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Previdência, Nelson Machado, para discutir o assunto. Mantega saiu da reunião apoiando as propostas dos colegas. “Nós queremos melhorar o crédito consignado para os aposentados, reduzir as taxas etc. Estamos discutindo as maneiras de fazer isso. As taxas já estão baixas, mas podem ser ainda mais baixas”, disse.

A reunião foi coordenada pelo novo secretário de Política Econômica, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, em sua primeira ação no cargo.

O governo tem se mostrado preocupado com a grita dos aposentados. Neste mês, negociou com os bancos o fim da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) nos empréstimos consignados ao segmento, o que já reduziu os custos das operações.

Segundo o presidente do Banco do Brasil (BB), Rossano Maranhão, os juros cobrados na modalidade pelo banco ficam entre 1,5% e 2,6% ao mês para as operações com prazo de 36 meses. “Taxa é uma questão técnica. Tem que fazer conta. Nós já estamos com as taxas mais baixas. Eu não vejo necessidade de mexer nelas, mas vamos ver”, disse.

De acordo com dados divulgados terça, o estoque desse crédito para aposentados cresceu de R$ 1,4 bilhão em outubro de 2004 para R$ 13,7 bilhões em abril de 2006. No mês passado, o fluxo de novos empréstimos foi de R$ 470 milhões. O volume dessa forma de financiamento para todos os trabalhadores atingiu R$ 35,5 bilhões em março, o que representa 47% da modalidade de empréstimos pessoais. Segundo o Banco Central (BC), os juros cobrados são de 37,1% em média.

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