EM REUNIÃO, BANCO PROMETEU INCENTIVO PARA DEMITIDOS, MAS VALOR QUE ESTÁ SENDO PAGO É MENOR QUE O ACORDADO
No mês de novembro, o Itaú realizou uma reunião com os representantes dos trabalhadores para discutir sobre a situação dos funcionários do Centro de Processamento de Serviços de Agências (CPSA). Na ocasião, o banco se comprometeu a realocar o maior número possível de bancários em outras unidades, até o dia 31 de dezembro de 2012. Além disso, o Itaú afirmou que iria dar um “incentivo” aos trabalhadores que fossem desligados, uma espécie de Programa de Desligamento Voluntário (PDV) – mas não voluntário – composto por 12 meses de vale-refeição e até três avisos prévios, além de 24 meses de plano de saúde para todos.
Na hora de implementar o acordado, no entanto, o Itaú optou por não pagar os três avisos prévios, mas sim três salários, o que é muito diferente. Entenda: se, por exemplo, você ganha R$ 2.000,00 e tem mais de 20 anos de empresa, recairia na regra de três avisos. Se houve, no mês anterior, prestação de serviços extraordinários, hipoteticamente, de duas horas diária, seu direito seria receber três avisos (em que incidem também os reflexos das horas extras), o que totalizaria, aproximadamente, R$ 8.400,00. Enquanto três salários de R$ 2.000,00, obviamente, somariam apenas R$ 6.000,00.
Bancário, não assine o Termo de Adesão ao PDV
Ao demitir os funcionários que não serão realocados, o Itaú os obriga a assinar um Termo de Adesão ao PDV, com a seguinte redação:
“AO RECEBER TODAS AS VANTAGENS INSTITUÍDAS NO PDV, INCLUSIVE O INCENTIVO A DEMISSÃO-PDV, DAREI QUITAÇÃO AOS MEUS DIREITOS TRABALHISTAS NORMAIS.”
O Sindicato gostaria de alertar aos bancários que, além de oferecer desemprego, mediante pagamento de uma “quinquilharia”, o Itaú ainda exige que o trabalhador desista de uma possível ação judicial que requeira qualquer perda durante a relação de emprego. Por isso, a orientação é para que os funcionários do CPSA não assinem o Termo de Adesão, pois, assim, estarão abrindo mão de seus direitos.
