Três instituições já anunciaram seus lucros no primeiro trimestre. O movimento sindical calculou quanto o bancário teria se os bancos distribuíssem 5% do lucro líquido linear
O lucro recorde dos bancos já anunciados deste primeiro trimestre reforça a tese de que as instituições financeiras têm totais condições de retribuir aos bancários todo o esforço aplicado. Os resultados anunciados só foram possíveis graças ao empenho dos funcionários que têm o direito de receber pelo trabalho empregado.
O movimento sindical tem como proposta que os bancos distribuam 5% do lucro líquido linear a todos os bancários, além do que é já é pago na PLR da categoria. Se os bancos que já anunciaram seus lucros, como o Grupo Santander Banespa, Bradesco e Itaú, fossem distribuir este lucro líquido linear de quanto ele seria? O movimento calculou o valor que caberia a cada trabalhador com base nos balanços anunciados referentes aos três primeiros meses.
No Bradesco, cada um dos 74.940 funcionários receberia R$ 1.020 referentes apenas ao resultado dos três primeiros meses do ano. O banco somou no período R$ 1,53 bilhão de lucro líquido, maior marca da história para um trimestre. Os 5% deste montante, R$ 76,5 milhões deveriam, como defende o Sindicato, ser divididos em partes iguais entre os trabalhadores do banco.
Já os 51.765 bancários do Itaú, receberiam cada um, a quantia de R$ 1.410, já que no primeiro trimestre o banco lucrou R$ 1,46 bilhão. O montante que deveria ser devido aos trabalhadores acumula no período R$ 73 milhões.
Para os 22.881 funcionários do Grupo Santander Banespa, os R$ 23 milhões, correspondentes aos 5% do total do líquido (R$ 461 milhões) registrado nos três primeiros de 2006, representariam para cada bancária, um valor de R$ 1.007.
É preciso que a PLR evolua tanto quanto o lucro dos bancos. Também é possível garantir emprego e condições dignas de trabalho, além de oferecer um atendimento de qualidade aos clientes.
