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Operações bancárias via internet crescem 50% e já somam 5,8 bi

Os clientes estão estão trocando as agências dos bancos pela internet. As operações bancárias pela web cresceram 50% em 2005, totalizando 5,8 bilhões. Já as transações nos caixas das agências subiram só 3% e ficaram em 3,7 bilhões. O número de usuários do internet banking chegou a 26,3 milhões, 45% acima de 2004, segundo dados divulgados ontem (10) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Para Márcio Cypriano, presidente da Febraban, apesar do crescimento das operações online, ainda é cedo para decretar a morte das tradicionais agências, principalmente por causa da enorme extensão territorial do Brasil.

Prova disso é o crescimento de 51% da rede de correspondentes bancários em 2005, para 69,5 mil pontos. O número de correspondentes já é quatro vezes maior que o total de agências no país, que fechou o ano passado em 17,5 mil pontos, alta de 1,5% em relação a 2004.

O forte crescimento do número de internautas no Brasil é um dos fatores que explicam o aumento das transações pela internet. O país tinha em março 14,1 milhões de usuários da internet, segundo a Ibope Inteligência. Uma das principais vantagens do internet banking, além de evitar as filas das agências, é o menor preço das transações. “Essas operações representam redução de custos para os bancos”, disse Cypriano. Muitos deles cobram preços mais baixos para operações feitas pela web do que quando feitas nas agências.

Enquanto as transações eletrônicas crescem, os tradicionais cheques perdem espaço. No ano passado, o número de cheques compensados caiu 8%, para 1,9 bilhão. As operações por canais eletrônicos bateram em 27,8 bilhões, um crescimento de 21,4% frente a 2004.

No total, foram feitas no país 35 bilhões de operações bancárias em 2005, alta de 17% em relação ao ano anterior. Ainda segundo a Febraban, os brasileiros têm 70,5 milhões de contas-correntes e 70,8 milhões de contas de poupança.

Os investimentos em tecnologia e o consequente aumento da eficiência têm permitido aos bancos prestarem melhores serviços aos clientes a preços razoáveis, avalia Antonio Matias, vice-presidente do Itaú e coordenador do comitê executivo de relações institucionais da Febraban. Segundo ele, as tarifas cobradas no Brasil têm tido reajustes pequenos nos últimos anos e representam pouco do orçamento de uma família quando comparado a outros gastos.

Esta eficiência vai permitir a redução da tarifa interbancária (cobrada por um banco quando presta serviço para outro, por exemplo, quando recebe um título de cobrança de outra instituição) a partir do dia 15 de R$ 1,18 para R$ 1,02. Esta queda deve ser repassada para as empresas que trabalham com títulos de cobrança.

No ano passado, os bancos ganharam R$ 86,9 bilhões. O governo recebeu R$ 21,9 bilhões deste total e os recursos humanos, R$ 32,8 bilhões. Já os acionistas ficaram com R$ 32,3 bilhões e outros R$ 24,8 bilhões foram reinvestidos pelos bancos. Os dividendos distribuídos totalizaram R$ 8,3 bilhões. Os investimentos sociais somaram R$ 1 bilhão.

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