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Pilhagem da PREVI: o custo social do lucro do BB

Ontem (10), foi o dia da distribuição da PLR, no mesmo dia da distribuição dos lucros aos acionistas. Um resultado decorrente de um aumento substancial da exploração do trabalho bancário. Isso nós já sabemos.

Mas também é o resultado da maior pilhagem aos trabalhadores já realizado no país. Foram R$ 3 bilhões debitados da poupança dos funcionários pré-98 do Banco do Brasil (Plano 1 da PREVI) e transferido para a patrocinadora.

Uma ação que não está amparada em nenhuma lei, liberada por uma resolução obscena do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC), a conhecida Resolução 26, que inaugura a festa das empresas no assalto aos recursos dos fundos de pensão.

Vale lembrar que o CGPC é presidido pelo Ministro da Previdência, José Pimentel, funcionário do Banco do Brasil e que parece ter abandonado os colegas a própria sorte.

Há quem diga que foi uma resolução desenhada para arrombar especificamente os cofres da PREVI, não é de se duvidar.

Uma ação imoral e ilegal, que abre um precedente muito perverso para os bancários do BB e para todos os trabalhadores brasileiros.

O uso do superávit de um fundo de pensão deve ser para suspender as contribuições dos trabalhadores e da patrocinadora, como já foi feito, e, posteriormente, para revisar os benefícios. Ademais, por que não, tornar os investimentos do Plano mais conservadores, menos suscetíveis as inevitáveis crises que apontam no horizonte, tendo em vista que o objetivo de uma previdência é o equilíbrio e não o risco.

Mas nunca, em hipótese alguma, engordar o lucro do banco.

Seria interessante se invertêssemos a lógica desse debate: se estivéssemos em um cenário de depressão econômica e com um déficit na PREVI, com a necessidade de um aporte de R$ 3 bi pelo Banco do Brasil para salvar as aposentadorias, os acionistas estariam dispostos a retirar de seus lucros esse valor?

Temos a convicção que não. E, se não bastasse, a pretensão da direção do BB ainda é abocanhar mais R$ 30 bi da PREVI.

As medidas judiciais já foram tomadas por diversas entidades dos funcionários. Infelizmente, nessas horas o poder econômico fala mais alto e o judiciário se dobra.

Mais um motivos para irmos à luta.

Esse é mais um custo social do lucro do BB.

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