Nesta quarta as negociações entre o Banco do Brasil e os representantes dos bancários entram em sua terceira rodada após o julgamento do dissídio.
O Banco do Brasil recuou e decidiu manter todas as cláusulas sociais que havia excluído na última rodada de negociações, na sexta-feira passada. No encontro de hoje, o BB disse que não vai mexer nos itens sociais da proposta original e manteve as cláusulas da cesta-alimentação, programa de alimentação, indenização por morte ou invalidez decorrente de assalto, auxílio-creche e auxílio filhos excepcionais ou deficientes físicos.
Para o diretor pelo BB, José Paulo Staub, o BB ficou assustado com a repercussão da última rodada de negociações entre os bancários e decidiu recuar da exclusão dos itens sociais. “Pegou muito mal para a direção do banco a tentativa de retaliação da greve. Mas mesmo com o recuo ainda temos muitas cláusulas para negociar”, explicou.
Entre os pontos que ainda precisam ser acertados está a forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pela proposta original, a distribuição seria no mesmo formato apresentado pela Fenaban, mas com base no lucro semestral. Com isto, o BB creditaria, para todos os funcionários em atividade, 40% do salário mais parcela fixa de R$ 352,50, mais módulo-bônus para todos. A PLR seria paga, também, para todos os afastados por acidente de trabalho.
“Não conseguimos avançar na PLR porque o Banco do Brasil alegou que ainda está otimizando os cálculos. A Comissão de Empresa acha isto muito ruim, porque desde o dia 14 de setembro o BB vem fazendo as contas”, lamentou Staub.
Os 50% dos dias parados que serão compensados, segundo a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, também não teve um formato definido no encontro desta manhã. O Banco do Brasil ainda reafirmou que concorda com a revisão da Parcela Previ, mas considera desnecessário neste momento fazer uma carta-compromisso.
