O prazo do pedido de reserva para a compra de ações do Banco do Brasil (BB) em oferta pública termina sexta-feira, dia 23. A reserva poderá ser feita nas agências do BB apenas pelos clientes do banco — os demais interessados deverão procurar corretoras e bancos autorizados pelo Banco Pactual, coordenador da operação. O investidor poderá aplicar o valor mínimo de R$ 1 mil e o máximo de R$ 300 mil e, ao candidatar-se à compra, definir o preço que pretende pagar pelas ações.
O início de negociação das ações será no dia 28 e o dinheiro depositado para a quitação dos papéis sai da conta no dia seguinte, 29. Caso o preço proposto para a compra seja inferior ao de venda, a reserva será cancelada e o dinheiro voltará à conta de quem fez a proposta.
O consultor de investimentos Fabio Colombo diz que o negócio pode ser interessante para a diversificação de investimento, mas tem como desvantagem a concentração de risco no papel de apenas uma empresa. Ademais, ele comenta que o setor bancário tem sido bastante favorecido nos últimos anos, com polpudos lucros que representam retorno anual entre 25% e 30% do patrimônio líquido, algo que não seria sustentável, porque está bastante acima dos padrões internacionais.
Outra restrição é que as ações do setor bancário, de forma geral estão muito acima do valor patrimonial. “O investidor vai comprar com ágio quando a tendência é que os lucros dos bancos caiam no longo prazo”. Em meados do mês, a ação do BB estava cotada 2,1 vezes o seu valor patrimonial. Embora considere interessante como diversificação, Colombo diz que se a idéia for essa, há opções mais atraentes em papéis de bancos privados.
