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Sindicalistas da América Latina debatem plataformização do trabalho

Sindicalistas de diversos países da América Latina reuniram-se com o objetivo de debater soluções para a plataformização do trabalho. O encontro foi realizado pela UNI Américas Jovem, na terça-feira, 21 de novembro. Plataformização do trabalho é o termo que caracteriza a função profissional realizada por meio de empresas-plataforma, como Uber e Ifood. Também pode ser classificado no termo o trabalho realizado remotamente, conhecido como home office ou teletrabalho.

O excesso da carga de trabalho, a indefinição da carga horária e a dificuldade em manter uma rotina e a precarização do trabalho por meio da inexistência de direitos trabalhistas e previdenciários são exemplos de dificuldades enfrentadas por trabalhadores plataformizados. “A plataformização, sobretudo por meio de aplicativos como Uber e Ifood, estão instituindo uma nova forma de exploração da mão de obra. Nesse modelo, o trabalhador não possui um vínculo empregatício com a empresa e é somente um prestador de serviços. Todos os riscos e responsabilidades característicos da função são transferidos para o empregado que presta o serviço, sem que este tenha a garantia de nenhum direito trabalhista e previdenciário”, enfatiza Mônica Akemi Kazihara, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora do coletivo de juventude.

Durante o Workshop, Eli Mosquera, do Observatório da Plataformização do Trabalho do Equador, mostrou vários dados sobre esse fenômeno cada vez mais comum, responsável por retirar direitos trabalhistas, e como jovens e mulheres pobres, indígenas e pretas são mais atingidas. “A participação dos sindicatos em debates como este é importante e necessário para que os representantes dos trabalhadores possam responder a demandas deste tempo e de um mundo do trabalho que está em transformação. E nós precisamos construir propostas que respondam aos ataques dessas mudanças, reforçando sempre nossos princípios e valores como a defesa do emprego decente, da negociação coletiva e da representação sindical”, afirma Lucimara Malaquias, presidenta da UNI Américas Jovem.

A UNI Global Union é um sindicato mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores dos setores de serviços em todo o mundo, ao qual o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região é filiado. A UNI Américas é o braço continental da UNI Global Union.

Fonte: SP Bancários

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