A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco do Paraná reuniu-se na última terça-feira, 14 de dezembro, na sede do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio e região. Durante o encontro, foi discutida a organização do Encontro Nacional de COEs, que acontecerá nos dias 09, 10 e 11 de fevereiro e contará com a presença de cerca de 700 bancários, sendo 100 deles do Itaú Unibanco.
Os bancários também discutiram outros pontos, como a importância da valorização do emprego e da remuneração, os avanços em segurança bancária e de seguridade social. Sobre as questões de gênero, raça e orientação sexual, destacou-se a necessidade de elaborar uma pesquisa pelas federações e sindicatos para apontar para a CGROS quais as principais questões levantadas pela base sobre tais assuntos, para então criar um plano de ação eficaz para as próximas campanhas.
Emprego, remuneração e segurança — Os bancários do Itaú Unibanco, desde a fusão dos dois bancos, estão apreensivos com as demissões. Mas, apesar de demissões pontuais, a preocupação maior é com os prédios administrativos. De acordo com o dirigente do Sindicato de Curitiba e região e representante na COE, Marcio Kieller, é preciso que o coletivo acompanhe de perto tal questão. “É fundamental que os sindicatos se manifestem para evitar um processo de demissões regionalizadas e em massa. Os dados de emprego devem ser acompanhados mensalmente”, avalia Kieller.
A COE também orientou que se cobre a implementação da lei da “saidinha dos bancos”, diretamente nas câmaras dos vereadores. “Também devemos construir uma rede de discussão de segurança com a base e aplicar o que foi dito pelo RH do banco, que afirmou que respeitaria a lei municipal das portas de segurança”, lembra Marcio Kieller.
Sobre remuneração, a discussão girou em torno do plano Agir. Para os representantes dos bancários, é fundamental que se compreenda todos os 17 modelos do plano, que as informações sejam sistematizadas e, assim, haja compreensão se o plano deve ser defendido ou combatido.
Seguridade Social, Plano de Saúde e fusões — Para o conselheiro do Funbep, José Altair Sampaio, a questão da seguridade social está intimamente ligada à reforma tributária, mas, fora isso, a previdência complementar anda bem, a médio prazo. ”O crescimento econômico experimentado nos governos Lula mostra vigor das contas, tanto da previdência pública como da complementar. No entanto, precisamos estar atentos. No caso da complementar, há provável baixa das taxas de juros conforme expectativa anunciada pela presidente eleita Dilma. Este é um fator que afeta diretamente as contas da previdência complementar”, conta.
Atualmente, são 19 planos de benefício e 8 fundações, mas isso não atende todos os trabalhadores do Itaú Unibanco. A proposta do banco é unificar as cinco fundações (Itaubanco, Funbep, Prebeg, UBBPrev e Banorte), reunindo todas as representações em um único conselho deliberativo e um único conselho fiscal. As fundações Itaubank e Bemgeprev ficam, a princípio, de fora. “É preciso garantir a representação com eleição de representantes e conquistar a previdência complementar para todos. A luta é para que se tenha intervenção na negociação das fusões”, ressalta José Altair.
Quanto ao plano de saúde, que será atualizado em fevereiro, a COE Nacional já orientou que seja feita pesquisa com os usuários para medir o grau de satisfação e deverá ser feita em setores diversificados para que exista fidelidade nos números. A pesquisa deve ser realizada até o dia 24 de janeiro e sistematizadas até o dia 31 de janeiro. “Em tese, a entrada da Unimed no interior, possibilitando a utilização de dois convênios, ajudou a diminuir o número de reclamações”, avalia Marcio Kieller.
A reunião da COE/Itaú Unibanco fechou um ciclo de visitas a todos os sindicatos da base da FETEC-CUT-PR. No Encontro Nacional de COEs, o Itaú Unibanco se reunirá no dia 10 de fevereiro.
