Bancários do Santander de todo o país realizaram nesta terça-feira, 06 de junho, um Dia Nacional de Luta para cobrar da direção do banco mais agências, mais contratações, mais segurança e mais respeito para trabalhadores e clientes. Na capital paranaense, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região visitou as principais agências do banco e os dirigentes sindicais entregaram o material informativo da campanha #SeLigaSantander e dialogaram com os trabalhadores e trabalhadoras.
📸 Confira mais cliques do fotógrafo Joka Madruga no ato em Curitiba.
Wanessa de Queiroz Paixão, coordenadora da COE/Santander, falando sobre a importância do Dia de Luta do Santander.
#SeLigaSantander pic.twitter.com/KN0SLDH0co
— Contraf-CUT (@Contraf_CUT) June 6, 2023
Mais bancários e agências
Com o objetivo de reduzir custos e aumentar os lucros, a direção do Santander está ampliado as fusões nas agências e reduzindo o número de trabalhadores no atendimento. O movimento está causando sobrecarga para os bancários, e aumento de filas e mais tempo de espera para os clientes.
O Santander tinha 1.123 clientes por bancário no primeiro trimestre de 2022. Esta relação saltou 11,2% em 12 meses, quando o banco passou a ter 1.150 clientes para cada bancário. A mesma instituição financeira arrecadou R$ 4,7 bilhões em tarifas e pacotes de serviços só nos últimos 12 meses encerrados em março. O valor cobre em mais de 170% a folha de pagamento do banco. A direção do Santander também está fechando centenas de agências. Só em 2022, foram encerradas 286 unidades e 118 Postos de Atendimento Bancário. Com isso, o banco pretende empurrar a população para o atendimento digital e automatizado.
“Mas a direção do Santander se esquece que nem toda a população tem familiaridade com as tecnologias digitais ou possui recursos para este tipo de atendimento. Além disso, os aplicativos e o autoatendimento não resolvem todos os problemas. Tudo isto faz com que o atendimento presencial seja muito requisitado. Isto se torna óbvio ao constatarmos as agências lotadas e com tempo de atendimento que ultrapassa duas horas”, enfatiza Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE/Santander).
Mais segurança
Outro motivo do Dia Nacional de Luta foi a falta de vigilantes e de dispositivos de segurança no novo modelo de agência adotado pelo Santander, o que tem causado muita insegurança e episódios de violência. “O banco alega que essas unidades não movimentam dinheiro, mas os bandidos ignoram essa justificativa, que nem é verdade, porque todas elas operam com caixas eletrônicos, que mantêm dinheiro em seu interior. E além disso, existem novas modalidade de crime que dispensam numerário. Atualmente até padaria e farmácia têm vigilantes, por que instituição financeira não tem?”, questiona Wanessa.
“O Santander é um banco e, como tal, é uma concessão pública. Por isso tem o dever de prestar um serviço adequado no país responsável por quase 20% do seu lucro. Os trabalhadores e clientes brasileiros exigem mais respeito, mais agências e mais segurança. E os protestos continuarão até que a direção brasileira do banco espanhol atenda essas reivindicações”, acrescenta a dirigente.
Protestos nas redes sociais
Às 13h00, a categoria realizou um tuitaço com a hashtag #SeLigaSantander. A mobilização nas redes visou expor a irresponsabilidade social do banco, que lucra alto, cobra altas tarifas e devolve à sociedade cortes de empregos e mau atendimento a usuários e correntistas. Com bastante engajamento, o assunto chegou aos trending topics Brasil.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região, com informações do SP Bancários
