Após pressão das entidades representativas dos bancários, o PL 817/2022 – que ameaça o direito de greve dos bancários, ao propor alterações na Lei 7.783, de 1989, a Lei de Greve, definindo meios eletrônicos de pagamentos e transferências como serviços essenciais – não foi apreciado na sessão da última quarta-feira, 07 de dezembro, na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público, na Câmara dos Deputados.
📌 Vote contra o PL 817/2022 na enquete da Câmara dos Deputados
De acordo com o dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e representante da categoria no Grupo Nacional da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais, Alexandre Caso, o PL 817/2022, que já era ruim para os trabalhadores, ficou ainda pior com uma emenda do deputado Eli Corrêa Filho (União/SP), e praticamente anula o direito de greve dos bancários. “Sem o direito constitucional de greve, os bancários perdem poder de pressão e a correlação de forças nas negociações com os bancos fica prejudicada”, avalia.
O fato do PL 817/22 não ter sido apreciado na sessão do dia 07 da Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público, mesmo com votação prevista, foi resultado da articulação entre deputados alinhados com os interesses da classe trabalhadora e as entidades representativas da categoria bancária. “Apenas nos últimos dez dias, a categoria bancária recebeu dois ataques aos seus direitos. Tentaram acabar com o nosso descanso aos finais de semana e, agora, tentam retirar o direito à greve. A mobilização da categoria e a atuação do Sindicato junto aos parlamentares, assim como das demais entidades representativas, garantiram mais uma vitória. Entretanto, é necessário que a categoria siga mobilizada e atenta até que o PL 817/2022 e o PL 1043/2019, que ataca nosso descanso aos finais de semana, sejam definitivamente arquivados”, conclui a dirigente sindical Neiva Ribeiro.
É necessário que a categoria siga mobilizada e atenta até que o PL 817/22 seja definitivamente arquivado.
Fonte: SP Bancários