Diante do assédio moral organizacional e da onda de adoecimento mental que assola a categoria, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região vem acompanhando as condições de trabalho em todas as instituições. No Banco do Brasil, a entidade está realizando a divulgação e sensibilização dos trabalhadores – e também da sociedade – sobre os principais mecanismos que estão por trás das métricas de metas e avaliação individual estabelecidas.
As métricas de produtividade geram adoecimento
Ao estarem submetidos, cotidianamente, a uma pressão desmedida por produtividade e cumprimento das metas, os trabalhadores do BB estão adoecendo. O que se observa é que essa organização do trabalho desumana, que se pauta exclusivamente em resultados objetivos e mensuráveis, gera competitividade exacerbada, ansiedade e uma série de distúrbios que comprometem a saúde física e mental. É notório que uma pessoa não consegue ser 100% produtiva – ou, como é exigido pelo banco, mais do que 100% – durante todo o tempo. Afinal, são pessoas e não máquinas.
Consultas realizadas com os funcionários do banco, pelo Sindicato, apontam que mais da metade dos trabalhadores respondem sim quando a pergunta é se sofre ou já sofreu assédio moral. Para mais de 60% deles, as metas são abusivas. E cerca de 25% dos funcionários informam fazer uso de medicação controlada. Ou seja, a forma como o banco tem imposto as metas e a produtividade está afetando a saúde dos bancários.
“É fundamental que o BB garanta condições dignas de trabalho e remuneração justa a todos os seus funcionários”, afirma a secretária de Comunicação do Sindicato, Ana Busato. O Sindicato não irá aceitar que o banco continue com a precarização das condições de trabalho, com a destruição da solidariedade entre os funcionários e com a imposição de um ambiente adoecedor. “Continuaremos enfrentando o desafio de denunciar os mecanismos perversos impostos pelo banco, nas esferas legal e política”, acrescenta a dirigente sindical.
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Vamos juntos construir condições dignas
Ao divulgar todos esses conteúdos, o objetivo do Sindicato é sensibilizar os funcionários – e também toda a sociedade – sobre como a organização do trabalho dentro do BB tem gerado um ambiente que não favorece a saúde dos trabalhadores. Acreditamos que somente a ação coletiva é capaz de mudar esse cenário, construindo um BB que seja efetivamente de todas e todos. “Vamos transformar a denúncia em conscientização política, pois somente da conscientização vem a mobilização”, destaca Ana Busato.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região
1 Comentário
Nelson Bond
Atuo na SAA-Rockefeller e não fui contemplado pelo GDP por não conseguir entender as regras de pontuação. Sendo assim, me prejudiquei e também aos meus colegas… e ainda estou pagando o banco de horas da pandemia, que parece foi perdoada por outras instituições, e que estava na pauta de reivindicações do último dissídio.