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Escritórios de Negócios: Condições de trabalho preocupam o Sindicato

Entidade realizou consulta com os trabalhadores de Curitiba e, diante dos resultados, oficiou direção do Banco do Brasil e irá realizar reuniões por local de trabalho.

No último mês, o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região enviou um ofício à Vice-presidência Corporativa (Vicor), à Diretoria de Gestão da Cultura e de Pessoas (Dipes), à Direção de Alto Varejo, às Superintendências UT e Comercial e à Gerência Geral da Gepes Sul do Banco do Brasil mostrando os resultados da consulta específica realizada com os funcionários e funcionárias dos Escritórios de Negócios (Estilo, Exclusivo e Leve) de Curitiba.

Leia mais: Sindicato faz consulta sobre condições de trabalho nos Escritórios de Negócios do BB

“A consulta teve como objetivo buscar subsídios e relatos da realidade das bancárias e bancários destes locais. Agora, estamos apresentando os resultados a todos os responsáveis por estes setores, para que o banco esteja ciente das condições atuais”, explica a secretária de Saúde do Sindicato, Patrícia Carbornal. “O assédio moral sufoca o trabalhador, adoecendo a saúde física e mental. Não podemos normalizar esses ambientes de trabalho adoecedores”, completa.

O documento enviado do BB destaca que parte significativa dos respondentes da consulta já sofreram ou sofrem impacto emocional decorrente do assédio moral, muitos deles com necessidade de tratamento médico. Ainda segundo o ofício, por meio da consulta, foi possível constatar o uso constante, pelos gestores, da ferramenta de comunicação WhatsApp, inclusive fora dos limites da jornada legal. “Ou seja, além da frequência exacerbada durante o horário de trabalho, as mensagens têm sido enviadas em horários que deveriam ser destinados ao descanso”, explica Patrícia.

Resultados

86% dos bancários que responderam a consulta apontaram que o gestor utiliza como meio de comunicação o canal de WhatsApp, sendo que 45,4% disseram que os gestores se comunicam com uma frequência superior a 5 vezes ao dia. Quando questionados se estas mensagens ocorrem fora do horário normal de trabalho, 21,6% responderam afirmativamente. Outro ponto constatado é o assédio moral organizacional em índices elevados. Nas questões que abordam o tema, as respostas foram as seguintes:

➡️ Você considera que a cobrança por resultados realizada em sua dependência é abusiva?
77,3% responderam que Sim

➡️ Você se sente vigiado enquanto trabalha?
76,3% responderam que Sim

➡️ Você recebeu feedbacks te comparando a outros funcionários, de forma que você se sinta diminuído?
38,1% Sim, com muita frequência
28,9% Sim, poucas vezes
33% Não

➡️ Você já sofreu ameaça de descomissionamento, demissão ou “oferta” de descenso?
32% Sim
38,1% Não, mas já vi acontecer com um colega
29,9% Não

➡️ Como foi seu acordo de trabalho?
6,2% Foi negociado, permitindo dar opinião e sugestão
19,6% Foi parcialmente negociado
74,2% Não foi negociado, sendo imposto sem que pudesse dar opinião ou sugestão

➡️ Você sofre ou já sofreu assédio moral nas cobranças por produtividade ou pelo cumprimento de metas?
38,1% Sim, já sofri, continuo sofrendo neste momento e vejo colegas sendo assediados
23,7% Sim, já sofri, atualmente não sofro mais, mas vejo colegas sendo assediados
6,2% Sim, já sofri e continuo sofrendo neste momento
16,5% Sim, já sofri, mas atualmente não sofro mais
5,2% Nunca sofri, mas vejo colegas sendo assediados
10,3% Nunca sofri assédio moral

➡️ O assédio moral e as metas impostas já lhe causaram adoecimento emocional?
53,6% Sim, já causaram
33% Sim, estou adoecido atualmente
13,4% Não

➡️ Você precisou fazer tratamento com remédio controlado para o adoecimento emocional?
21,6% Sim, já fiz tratamento com medicação, mas hoje não faço mais
33% Sim, faço tratamento com medicação atualmente
45,40% Não, nunca fiz tratamento medicamentoso

➡️ Você já teve que se afastar do trabalho por motivos de saúde (nos últimos 12 meses)?
1% Sim, estou afastado
28,9% Sim, tive que me afastar, mas retornei
70,1% Não

➡️ Existem colegas afastados por motivo de saúde em sua unidade?
49,5% Sim
28,9% Não
21,6% Não tenho informações a respeito

➡️ Você já pensou em desistir da vida?
35,1% responderam que Sim

➡️Como você avalia o clima organizacional em seu local de trabalho?
29,9% Péssimo
24,7% Ruim
20,6% Regular
20,6% Bom
4,1% Ótimo

Além do ofício, os dirigentes do Sindicato irão realizar reuniões por local de trabalho, com os os bancários e bancárias dos Escritórios de Negócios, para que mais informações possam ser coletadas. Além disso, irão agendar também conversas com todos os gestores responsáveis pelos setores, para cobrar soluções urgentes para as condições de trabalho. 

Menos metais, Mais saúde

Diante do assédio moral organizacional e da onda de adoecimento mental que assola a categoria, no mês de abril, o Sindicato lançou a campanha #MenosMetasMaisSaúde, para dialogar sobre o tema. No Banco do Brasil, a entidade está realizando a divulgação e sensibilização dos trabalhadores – e também da sociedade – sobre os principais mecanismos que estão por trás das métricas de metas e avaliação individual estabelecidas. “Acreditamos que somente a ação coletiva é capaz de mudar esse cenário, construindo um BB que seja efetivamente de todas e todos. Vamos transformar a denúncia em conscientização política, pois somente da conscientização vem a mobilização”, destaca a dirigente sindical Ana Busato.

Leia também:
Como as exigências por produtividade destroem a saúde do BB
Como as metas impactam a remuneração dos trabalhadores do BB
Como a GDP se tornou uma ferramenta de punição no BB
Como as metas impactam nas condições de trabalho dentro do BB

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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